“Tem que proteger quem está caindo no rotativo, claro, tem que fazer alguma coisa por essa pessoa, mas o sistema padrão de compra brasileiro hoje é esse”, complementou o ministro.Nesse mesmo caminho, o presidente do Sebrae, Décio Lima, lembra que o acesso a crédito no Brasil é ainda um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento econômico e social do país de forma mais vigorosa e sustentável, tanto para as empresas quanto para as famílias. “Estamos atentos e apoiamos as iniciativas dos Poderes Executivo e Legislativo em relação aos exorbitantes juros cobrados no crédito rotativo e esperamos que sejam mais transparentes e, obviamente, que a discussão não prejudique o funcionamento das empresas e impeça o consumo das famílias”, argumentou Lima. “É preciso corrigir o problema dos juros, mas, ao mesmo tempo, não criar outros.” por Sebrae
Taxar parcelamento no cartão de crédito pode impedir o funcionamento de empresas e o consumo de famílias
Presidente do Sebrae alerta que os empresários de pequenos negócios podem ser os mais prejudicados com a taxação, além de ameaçar o poder de compra
Outro modelo sugerido pelos bancos condiciona o parcelamento sem juros ao tipo de bem de consumo – durável, semi ou não durável. Assim, um eletrodoméstico poderia ser vendido em um maior número de parcelas sem juros do que uma roupa, por exemplo. Nessa segunda-feira (14), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o fim do parcelamento sem juros não é a resposta para acabar com as altas taxas de juros do rotativo. “Não podemos perder de vista o varejo. Porque as compras são feitas assim no Brasil, então não pode mexer nisso”, afirmou.